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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Theatre of War II: Kursk 1943

Jogos sobre a Segunda Guerra Mundial não faltam. Logo, quando alguém se dispõe a criar um título sobre o evento, é bom que tenha algum trunfo na manga para se diferenciar do resto da competição. O que é ainda mais verdadeiro no caso dos jogos de estratégia, já que é preciso competir com um gênero ainda maior, que engloba grandes clássicos dos video games. E o mais recente Theatre of War tenta, mas não parece conseguir.

Muito profundo... Demais

A profundidade da série Theatre of War é bem conhecida. No entanto, a coisa em Kursk 1943 parece simplesmente sobrecarregar os iniciantes. Uma das pessoas que jogou o game em nossa redação não conseguia nem mesmo controlar detalhes básicos como a movimentação “macro” das tropas, já que a inteligência artifical leva em consideração a situação em torno de cada unidade para determinar suas ações.

Assim, em momentos de fogo cerrado a movimentação das unidades responde bem e se adapta para sofrer menos perdas. No entanto, quando você quer realizar algo mais direto — como um “sprint” da infantaria através de um campo aberto — todas as suas unidades irão morrer, pois pararão, se agacharão e outras coisas mais para tentar evitar levar tiro. Ou seja, táticas arriscadas estão fora de cogitação.

Nesse sentido, a inteligência artificial é realmente incômoda. O game já é bastante cadenciado, com o fluxo de jogo sendo razoavelmente lento. Quando você adiciona as decisões involuntárias tomadas pelo computador, o controle de seus exércitos pode se tornar um tanto quanto frustrante e repetitivo. Sem falar nas vezes em que veículos travam em casas, árvores — ou mesmo se enfiam na água e quebram, sem motivo nenhum.

Outro ponto extremamente profundo que acaba confundindo quem já não é fã e veterano da série é o sistema de recompensas, experiência, premiações e promoções de cada uma das unidades de infantaria. Após a batalha, cada uma ganha pontos de acordo com sua participação em combate para melhorar suas estatísticas. Fazer isso com cada batalhão já seria cansativo, mas com cada uma das unidades? Ainda bem que existe uma opção para deixar o computador decidir por você.

Clique, clique, clique

Outro ponto incômodo é a interface, que possui comandos nada ortodoxos. Afinal de contas, clicar com o botão direito no chão não é para uma unidade se mover, e sim mover atacando. Para simplesmente se mover, você deve usar o comando específico. Isso e outros pontos que diferem da maioria dos RTS fazem com que seja difícil se acostumar.

O que é tornado ainda mais difícil pela enorme quantidade de ações que devem ser controladas pelo jogador. Em nossas partidas, em nenhum momento as unidades alternaram de munição ou armamento na hora de enfrentar diferentes unidades. É preciso que o jogador o faça manualmente. Um exemplo extremo: uma unidade de infantaria fica tentando fugir de um tanque; se o jogador não trocar a arma dela para granadas anti-tanque e mandar atacar, ela simplesmente morrerá facilmente.

Ao menos as descrições de cada uma das armas e munições são detalhadas. Existem tantas estatísticas que é preciso uma enorme quantidade de experiência com o jogo e a franquia para consequir tomar as decisões certas na hora certa. Ou seja, definitivamente não é um game para jogadores casuais; apenas os mais ferrenhos fãs de Segunda Guerra Mundial, RTS e estratégia em geral conseguirão passar tanto tempo sobre ele.

Não é de todo ruim

Esses são alguns dos pontos negativos que verificamos na versão demo, mas é possível que vários deles sejam consertados para a versão final; seja através de tutoriais mais extensos e compreensivos, seja com maiores informações na tela ou a possibilidade de mudar comandos do mouse — o que já existe para as “hotkeys” do teclado.

No entanto, existem coisas boas. O título é um jogo de estratégia em grande escala, e a todo momento existem muitas unidades na tela — embora não tantas quanto na Segunda Guerra real. Nós conseguimos rodar o jogo na configuração mais alta tendo queda de frames apenas na hora em que aceleramos a velocidade da partida; algo que, esperamos, será consertado em tempo.

O realismo também pode ser verificado. Unidades atingidas vão se movendo mais lentamente, podendo chegar ao ponto de conseguir somente se arrastar. Tanques atingidos nas rodas não conseguirão mais se mexer, enquanto outros que levem tiros de canhão em seus armamentos não poderão mais dispará-los — e nada de consertar suas máquinas ali no campo de batalha.

Se você gosta de passar bastante tempo para entender as minúcias de um game e todas as nuances da experiência, Theatre of War II: Kursk 1943 pode ser uma boa pedida — se você conseguir se acostumar à jogabilidade cadenciada e à falta de algumas características presentes em quase todo RTS. Vale a pena baixar a demo para conferir.

No entanto, se você é um jogador mais casual que busca apenas uma experiência rápida, leve ou mesmo preza bastante pela jogabilidade, é provável que não se dê muito bem com este título. Seja como for, o game será lançado em abril deste ano, então fique de olho aqui no Baixaki Jogos para maiores informações nos meses a seguir.

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