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domingo, 14 de fevereiro de 2010

IBM anuncia chip Power 7 (e produzirá o servidor por aqui)

É um pássaro? É um avião? É o Itanium Tukwila? Não… esse é o Power 7, o novo processador RISC da IBM que será anunciado hoje em Nova York e em São Paulo (e nos próximos dias em Londres e Pequim) e que promete 4 vezes mais capacidade de processamento que seu antecessor, o Power 6. A IBM também informa que os novos servidores baseados nesse chip serão montados aqui no Brasil pela Flextronics (uia!).

Segundo Maurício Conceição, executivo de Power Systems da IBM Brasil, o Power 7 traz uma evolução bastante significativa se comparado com o Power 6. Enquanto o último era um chip com dois núcleos de processamento (dual-core) com dois threads cada ( = 4 threads), o Power 7 traz oito núcleos de processamento com quatro threads cada (= 32 threads), ou seja, 4 vezes mais threads de processamento, consumindo 30% menos energia para realizar o mesmo trabalho. Só para se ter uma idéia desses números, o futuro Itanium Tukwila vai ter quatro núcleos e (talvez) somente o seu sucessor — codinome Poulson — chegue a oito.

O Power 7 é fabricado em 45 nm espreme 1,2 bilhões de transístores e estará disponível em três versões com clocks variando de 3,6 até 4,2 GHz. É interessante dizer que ele adota algumas idéias vindas do processador Cell BE com o seu mecanismo de cálculo de ponto flutuante. De fato, alguns rumores que circulam na web até dizem que o processador do futuro Playstation 4 pode ser um Power 7 simplificado.

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Segundo o executivo, a grande vantagem do Power 7 está no aumento significativo de capacidade de processamento por soquete em especial nas aplicações de virtualização, já que ele pode criar até 1.024 partições lógicas (contra 260 do Power 6). Para o cliente isso pode significar poder fazer muito mais e até com a mesma infraestrutura, já que os sistemas baseados Power 6 podem ser atualizados para Power 7 apenas com a troca de todo o seu book de processadores e de seus respectivos bancos de memória (que passaram da tecnologia DDR2 para DDR3). Nesse caso, a IBM oferecerá uma oferta de atualização na forma de kit com processador + memória.

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Com relação aos sistemas novos, o anúncio da fabricação local de servidores Power 7 — incluindo os modelos topo de linha — irá ajudar a reduzir os seus preços finais (graças ao incentivo do PPB) além de proporcionar uma maior agilidade na entrega de equipamentos para seus clientes locais. Segundo Conceição, os primeiros Power 7 que serão vendidos por aqui ainda serão importados, sendo que a previsão é que os primeiros “made in Brazil” sejam entregues a partir do segundo semestre deste ano. E a intenção é que, com o passar do tempo, a IBM Brasil comece a exportar esses equipamentos também para outros países da América Latina.
A nova linha de sistemas Power 7 é formada pelos modelos de ponta IBM Power 780 e Power 770 de 64 processadores, o sistema de médio porte Power 755 de 32 processadores e o Power 750 Express, que acredito ser o modelo “de entrada” com menos processadores.
É interessante notar que apesar de coexistirem num mesmo universo, o Power 7 gravita num sistema planetário à parte do nosso mundo Windows + Intel, já que ele atende à um público que fala outros dialetos como AIX (o Unix da IBM com 80 % do mercado de Power Servers), IBM i (sucessor do veterano AS/400 com 15%) e mais recentemente Linux (5%). Ele comentou que ao contrário do que muitos imaginam, os processadores RISC estão bastante presentes no dia a dia das pessoas, rodando aplicações dedicadas em sistemas embarcados como impressoras, roteadores, videogames, celulares, carros, players de música, e-books e até em sondas marcianas como o Mars Pathfinder — cujo computador de bordo era um IBM Risc 6000 Single Chip (Rad6000 SC) adaptado para resistir aos altos níveis de radiação pela Lockeed-Martin Federal Systems — com isso, a empresa se gaba de deter 100% do mercado de computadores do planeta vermelho.

O executivo também espera um grande crescimento no segmento de código aberto, já que desde o Power 6 o Linux consegue trabalhar nativamente com código de 32 bits, o que facilita a migração de sistemas Linux para a plataforma Power. Conceição também disse que com o anúncio a compra da Sun pela Oracle, diversos clientes Sun procuraram sua empresa dizendo sentirem-se “desconfortáveis” com a atual situação da empresa de McNealy ao ponto de estarem considerando até a mudança de fornecedor.

Aproveitando essa deixa eu perguntei para o executivo se a IBM não considera a possibilidade de virtualizar o Windows no Power 7. Ele me respondeu que não e que isso poderia até vir de um terceiro, mas não da sua empresa.

Quando insisti na pergunta alegando se isso não poderia ser uma estratégia interessante para ganhar novos mercados, ele me explicou que seus sistemas funcionam 99,999 (…e mais alguns noves) % do tempo e que eles não irão comprometer a confiabilidade de seus produtos só por causa de um sistema operacional que ele considera “instável”.

Com relação ao futuro, ele diz que — ao contrário da concorrência — seu roadmap vai bem obrigado, está em dia ao ponto dele já anunciar que o futuro processador Power 8 seja lançado em 2013.

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