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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Heavy Rain: The Origami Killer

Ao bater de frente com Heavy Rain: The Origami Killer, é impossível não lembrar dos discursos inflamados e visionários que se vê por aí, todos eles predizendo uma inevitável fusão entre games e cinema. Afinal, a impressão aqui é exatamente essa: em algum lugar o cinema interativo finalmente encontrou os jogos realista.

O Baixaki Jogos resolveu então conferir como, afinal, as prerrogativas e aspectos originais de Heavy Rain transportam os ambiciosos planos da desenvolvedora Quantic Dream do “papel” para o PS3. Como conseguir isso? Não poderia ser mais apropriado: encontrando as evidências propostas pelos desenvolvedores (nada muito complexo, realmente), você poderá ter acesso à primeira demonstração do game antes mesmo do lançamento previsto para o próximo dia 23.

Bem, supondo-se então que você não encontre maiores problemas com as pistas, dois trechos de Heavy Rain são liberados, ambos absolutamente de acordo com o projeto do cabeça da Quantic Dream, David Cage: uma história sobre pessoas comuns que mergulham em situações extraordinárias. Isso fica bastante claro logo na primeira cena.

Entre a asma, a chuva e um assassino serial

Conforme você já deve saber muito bem a essa altura, Heavy Rain focará na história de três personagens absolutamente distintos, todos ligados de alguma forma aos feitos funestos do assassino conhecido como “The Origami Killer”. São eles o arquiteto depressivo Ethan Mars, a foto jornalista Madison Paige, o agente do FBI e “junkie” Norman Jayden e o policial aposentado — e agora detetive particular — Scott Shelby. Na demonstração, apenas os dois últimos dão as caras.

O conceito: pessoas normais em situações extraordináriasA demo tem seu início com rotundo Shelby. Entre a asma — fortemente prejudicada pela chuva — e o visível peso da idade, o detetive chega com o seu velho carro ao hotel/cortiço onde vive Lauren, uma prostituta que recentemente teve o filho assassinado pelo Origami Killer.

Embora ainda seja impossível dizer com certeza até onde cada decisão e movimento seu pode modificar o andamento do jogo, o cuidado no tratamento de cada pequeno detalhe por parte da Quantic Dream não poderia ser mais evidente. Desde o momento em que sai do seu carro, você, no controle do velho Shelby, terá que realizar toda uma gama de movimentos para praticamente qualquer coisa: seja para se esgueirar em um espaço exíguo ou para procurar e utilizar a tradicional “bombinha” de asma do detetive.

Mas não é apenas isso que impressiona. O clima indiscutivelmente “noir” também salta logo à vista, conforme a chuva torrencial cria efeitos absolutamente perfeitos com a iluminação precária e o ar desolado do beco que dá para o hotel onde mora Laureen. Chegando lá, novos movimentos no formato “minigame contextual”: abrir e fechar portas, escorregar uma nota de cinco dólares para o atendente relutante e um pouco mais de bomba para asma.

Escolhas...

Um close rápido ainda mostra as texturas realistas do rosto cansado do detetive, o que é muito bem complementado pelos cenários do hotel. Ao encontrar Lauren, aparecem as primeiras amostras do que David Cage chamou de “decisões morais”.

Basicamente, dependendo das suas escolhas, Laureen se tornará uma fonte solícita ou uma mãe irremediavelmente ofendida. Aí é com você: pressão psicológica? Ar condescendente, mostrando-se compreensivo com a morte do menino? Ou quem sabe a melhor saída seja simplesmente exigir toda a atenção que uma nota de 50 dólares merece?

É verdade que, conforme já mencionado, ainda não é realmente possível saber qual é exatamente e extensão dessas escolhas. Entretanto, fica realmente óbvio que o desenrolar da cena é absolutamente dependente da forma como você aborda Laureen.

Um pouco de ação

A cena no hotel também traz uma bela amostra de como serão as cenas de ação em Heavy Rain. Após deixar o quarto de Laureen, outro sujeito, muito menos amistoso que o detetive, dá as caras. Ao voltar para ajudá-la, aparece a primeira cena de pancadaria do game.

Conforme você já deve imaginar, nenhum movimento aqui é disparado por uma jogabilidade direta — do tipo “aproxime-se do sujeito e aperte o botão de soco”. Tudo aqui funciona através de minigames de contexto, o que justifica perfeitamente o gênero “drama interativo” que tem sido utilizado para descrever Heavy Rain.

Basicamente, gire o direcional direito no momento certo, aperte “triângulo” assim que o símbolo despontar na tela ou ainda chacoalhe o controle em um terceiro momento. Isso fará com que você, e não o brutamontes, continue em pé na cena.

Mas não se engane. Não existe replay aqui. Caso você não seja muito feliz para executar os movimentos, Shelby acaba mesmo levando a pior, e o jogo simplesmente continua. A bem da verdade, mesmo que um dos personagens morra, o show deve sempre continuar. A única diferença é que a história não contará mais com o infausto personagem.

O FBI entra em cena

Terminada as coisas no quarto de Laureen, é hora do agente do FBI Norman Jayden dar as caras. Jayden visita a cena do último crime do Origami Killer. Mas as coisas aqui são um tanto mais prosaicas: a ideia é simplesmente perambular pelo local em busca de pistas e vestígios, utilizando para tanto o prático A.R.I. (Added Reality Interface), um óculos que prontamente reconhece o DNA restos de sangue ou o que mais você venha a encontrar pelo cenário.

Em um futuro não muito distante...Novamente, voltam os minigames contextuais. Quanto não estiver ativando o seu óculos estilo Jornada nas Estrelas para investigar as cercanias, Jayden estará lutando para subir por uma encosta enlameada — erre a sequência e termine com a roupa cheia de lama — ou ainda para examinar corretamente o cadáver da vítima — o direcional é necessário até mesmo para virar a cabeça do agente.

A cena também introduz um novo personagem na trama, o tenente Blake. Durante as conversas com o oficial, aparecem você poderá perguntar sobre o que ocasionou a morte, possíveis testemunhas, a quanto tempo o assassinato ocorreu, etc. Tudo em tempo real. Tudo absolutamente dentro da ideia de “drama interativo” — embora seja impossível não lembrar de Mass Effect durante esses momentos.

Um pouco de rumor: jogo ou cinema?

Heavy Rain ainda nem deu as caras, e já há quem se manifeste dizendo que a empreitada da Quantic Dream pode não ter sido assim bem sucedida. Começou a circular recentemente através da internet comentários de alguém que, supostamente, colocou as mãos na cópia completa do jogo e, por assim dizer, não ficou propriamente satisfeito.

Entre as possíveis deficiências do título, aparecem: escolhas que provocariam poucas mudanças na trama; apenas dois personagens podem realmente morrer; a maior parte do jogo transcorre entre “cutscenes” (cenas de corte), modelagem fraca das expressões faciais — difícil de acreditar, cá entre nós; falta a possibilidade de manusear itens; história curta e um tanto óbvia... e por aí vai.

Independente de o espírito crítico que escreveu isso ter realmente colocado as mãos em uma cópia de Heavy Rain, é fácil perceber que o conceito da Quantic Dream já nasceu entre a cruz e a espada. Senão, basta imaginar: como o jogo poderia ter uma estrutura permissiva como, digamos, GTA, se a própria ideia de “filme interativo” remete a algo necessariamente linear?

E isso, é claro, torna as cenas de corte absolutamente imprescindíveis, ao mesmo tempo em que dificulta a jogabilidade mais aberta de um RPG, com manipulação de itens e extensiva exploração de cenários. Basicamente, pode-se dizer que a própria estrutura de Origami Killer evoca certa rigidez no desenvolvimento da trama. E, bem, quanto à extensão das suas escolhas morais, isso realmente ainda permanece um mistério.

Mas, fato é que o conceito de Heavy Rain não é nada menos que sem precedentes. E, como tudo que dá as caras pela primeira vez, é fácil prever que será algo estilo “ame ou odeie”.

De qualquer forma, é impossível não se impressionar com a diligência da Quantic Dream ao dotar Heavy Rain de uma infinidade de detalhes capazes de criar uma atmosfera nada menos que real, criando uma proposta interessante para a fusão entre cinema e games, e ainda desembarcando uma história com apelo mais adulto. A proposta de colocar pessoas reais com problemas reais na posição de “heróis” também não fica atrás.

Aguarde uma análise completa de Heavy Rain: The Origami Killer aqui no Baixaki Jogos quando o game desembarcar no próximo dia 23. See ya!

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