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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Bayonetta
Bayonetta é, sem dúvida, um dos jogos mais aguardados jogos do início de 2010. A mistura curiosa entre a melhor jogabilidade de Devil May Cry ou God of War e um espectáculo visual levado às costas por uma mulher colocaram Bayonetta numa posição perigosa, entre a repetição do género e o risco de não se destacar dos demais. Agora que está prestes a chegar às lojas, podemos dizer que, do que se jogou, Bayonetta não inova em muito, mas consegue definitivamente construir uma reputação capaz de competir com os outros jogos do género.

O género, aqui, é o jogo de acção e aventura com uma presença constante do slash'em'up, ou seja, Bayonetta terá de percorrer os cenários enquanto luta contra um ou vários inimigos ao mesmo tempo, dando uso a todo um arsenal de armas. Com isto explicado, podemos avançar com a análise.

Bayonetta, uma bruxa de um clã responsável por conter o avanço das entidades divinas conhecidas por Paradiso, acorda vários anos depois de ter sido aprisionada no fundo de um lago. Com a memória totalmente apagada, esta acaba por travar conhecimento com outras pessoas de “aparente” confiança e parte à procura do motivo para o desaparecimento do seu clã e o porquê de ter sido enclausurada.

Pelo caminho, Bayonetta vai travar conhecimento com outras personagens curiosas deste universo, como um rapaz tipicamente galã que serve o interesse amoroso da história, uma mulher vestida de branco e sua rival desde o tempo de juventude e ainda
uma criança que não enganará ninguém, parecendo-se muito com a figura acriançada da própria Bayonetta. O enredo não é, de si, o ponto mais forte do jogo, mas ao menos oferece, na minha opinião, muito mais consistência do que o de Devil May Cry.

A história em si é contada de várias formas: existem os típicos diálogos feitos durante o jogo, onde as personagens conversam ou têm os seus monólogos (algo recorrente nos jogos de Hideki Kamia), um narrador, durante sequências cinemáticas com maior qualidade gráfica, ou um efeito de fita de cinema, onde são apresentados vários slides parados acompanhados das vozes dos intervenientes.

Passando para a jogabilidade, em Bayonetta vão poder explorar os cenários da forma típica: com o analógico esquerdo caminham e com o direito movem a câmara. Embora alguns cenários sejam bem maiores do que outros, a sensação de escala não consegue esconder a realidade de todos os cenários se sucederem de forma linear. É verdade que todos os títulos antes de Bayonetta sofreram do mesmo mal, mas aqui já se podia ter dado um pouco mais de liberdade ou até escolha do caminho.

Um elemento que agradou, e muito, foi a desculpa encontrada para manter o mundo “vazio” que assola este género. Aqui, Bayonetta caminha num limbo que a visão humana não consegue captar, por isso apenas vemos silhuetas dos humanos a deambular pelo nosso mundo. Contudo, apesar de não nos verem, é sempre divertido passar por elas ou atacá-las para as ver fugir em pânico de uma ameaça invisível que detectam pelos sentidos, um pormenor muito bem pensado, sem dúvida.
Claro que ao caminhar pelos cenários vamos acabar por ser confrontados por várias figuras angelicais, que de amistosas não têm nada, as quais têm como principal objectivo matar Bayonetta. Felizmente, sendo uma bruxa, Bayonetta não vai fazer a vida fácil a estas criaturas, quer ao usar as suas pistolas, quer ao invocar poderosos ataques de tortura (conhecidos, aqui, por Torture Attack).
Para atacar temos ao nosso dispor três botões, que correspondem ao murro, ao pontapé e ao disparo. O curioso é experimentar a variedade que este sistema oferece, mesmo assim, e não se deixem enganar com os nomes “pontapé” e “murro” - na realidade todos estes movimentos são acompanhados por disparos das pistolas (ou outras armas, à medida que o jogo avança) que Bayonetta usa, ora nos braços, ora nas pernas.

A combinação de golpes é algo nunca antes visto neste género de jogo. O simples carregar aleatório de botões consegue desencadear uma série de ataques impressionante, mas para aqueles que quiserem dominar todo o sistema, há uma lista enorme de combinações. Para além disso, é possível disparar em 360 graus, tanto com
as pernas como com os braços, e até agarrar as armas dos inimigos para atacar em proveito próprio. Outra habilidade própria de Bayonetta é a capacidade de abrandar o tempo após um desvio bem executado frente a um golpe de um inimigo (aqui terão a hipótese de atacar em tempo real enquanto os inimigos ficam muito mais lentos).

Quanto à apresentação, existem coisas a destacar pela novidade e pela positiva. Para começar, a componente gráfica está bastante boa e consegue aguentar-se muito bem com toda a confusão que enche o ecrã, sendo muito raro qualquer tipo de arrastamentos ou soluços na framerate. O desenho dos cenários e das personagens está bastante bom, mas, como é óbvio, o destaque vai para Bayonetta, com o seu desenho bem executado e o de todos os pormenores visuais que a envolvem, tanto a nível de movimentos como da sua composição, onde o seu cabelo vivo ajuda a tornar o impacto ainda maior.

Passando para o som, finalmente há coisas boas a dizer da Capcom, pois embora a música continue boa como sempre (aqui misturando Jazz e Pop), nota-se um melhor trabalho vocal e uma maior preocupação com o mesmo. Pode estar ainda muito longe de um Metal Gear Solid ou de um Uncharted, mas mesmo assim está muito mais sólido que os títulos deste género, o que de si é já bastante positivo.

Outro ponto positivo é a longevidade. No geral, Bayonetta oferece mais de 10 horas de jogo e ainda muitas mais para os interessados em obter todas as medalhas atríbuídas no fim de cada zona e as estatuetas ganhas pela melhor prestação em cada capítulo. Há ainda várias armas e ataques para desbloquear, além de uma loja para adquirir ou melhorar os mesmos.

Resumindo, Bayonetta pode ser mais um jogo de acção e slash'em'up típico. De qualquer forma, é, sem dúvida, um dos melhores que viram a luz esta geração e, embora não inove em quase nada, consegue melhorar o que já foi feito dentro do tipo, especialmente no que toca ao combate (que surpreende pela positiva), o qual é uma das coisas mais refinadas do género. Bayonetta arranca bem com o ano de 2010, e se a qualidade dos próximos títulos se mantiver, então vamos ter um ano em cheio.

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